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BLACK KEN - ブラク - 剣

 BLACK KEN 



Ainda era manhã quando Hiroshi Ozora finalmente conseguiu encontrar o "assassino das mulheres puras" como a Polícia havia apelidado aquele criminoso. Enquanto aguardava reforços resolveu investigar.

Ele seguiu uma pista até uma casa com arquitetura clássica parecida com um templo xintoista.

Percorre silenciosamente, salas e mais salas vazias acompanhado de suas armas brancas as quais adquiriu destreza após quase uma década de treinamento ninja.

A roupa furtiva preta lhe permitia se confundir com as sombras do local e,  ao avistar o assassino ele se manteve oculto durante horas em um nicho de madeira observando a movimentação.

O terrorista se encontrava dentro de uma daquelas salas. Era um homem maduro e estava com uma jaqueta de couro surrada. Nas mãos metralhadoras automáticas com as quais aterrorizava suas vítimas. A barba por fazer e o rosto transtornado aumentavam o terror daquelas mulheres.

Eram três totalmente amarradas e podiam ser vistas suas roupas civis amontoadas no chão pelo assoalho da sala. Elas usavam vestes rituais xintoistas com faixas vermelhas na cintura. Uma mais velha tenta argumentar mas recebe um golpe violento do criminoso.

A sala era desolada, sujeira para todo o lado como um cômodo abandonado. Numa da paredes haviam inscrições num dialeto mais antigo do que as linguagens usadas pelos povos orientais,  embora alguns símbolos fossem compreensíveis.

Quando, finalmente ele sai do recinto talvez para se alimentar ou trazer mais algum componente daquele estranho ritual a que estava preparando.

Foi o bastante para Hiroshi abandonar o esconderijo e libertar as mulheres presentes. Ele desfaz os nós é retira as cordas.

- Estão livres!  Fujam daqui!

Duas delas já se levantam e correm para a porta enquanto uma última,  a mais nova ainda debilitada,  apoia se no rapaz que a ajuda a levantar.

O som sufocado de uma rajada de metralhadora põe fim a fuga tão esperada.

Hiroshi nota como foi ingênuo mandando as mulheres na frente sem protegê las.

A mais nova que ficou para trás força o jovem contra a parede e com a mão direita toca seu coração.

Uma luz cegante toma conta do local e quando ela se dissipa no lugar de Hiroshi está um guerreiro com uma armadura maleável e negra com detalhes dourados.

Nas costas uma espada cuja lâmina ardia mesmo dentro da bainha. Ela manifestava um fervilhar de fumaça negra.

Hiroshi olha as próprias mãos, não tem nem tempo de entender o que aconteceu, quando o meliante entra no recinto e atira. A ação do policial é colocar se entre a rajada e a moça sobrevivente agora desmaiada no chão. Mesmo tendo Grosso calibre os tiros não infringiram qualquer dano. Sequer foram sentidos.

"Proteger a virgem! Boa estratégia para manter a Black Ken! "

Diz uma estranha voz grave em sua mente...

"Acalme se humano. Você agora veste meu poder. Esse humano desprezível não vai lhe causar dor. "

O assassino fica surpreso quando o guerreiro negro se levanta. Ali de frente pode se ver a echarpe vermelha "saindo" pela lateral do pescoço. Hiroshi se assusta achando que é sangue. Mas logo ele se acalma.

A metralhadora trava por falta de munição. O agressor procura um novo cartucho para colocar na arma. 

A voz retorna.

" use a Black Ken, que está em suas costas"

Hiroshi obedece e saca das costas a espada com lâmina negra e avança contra o vilão que acabou de recarregar a metralhadora.

Ele é preciso e parte a arma em dois antes que ele possa disparar novamente. O mesmo golpe decepa o braço direito. Em agonia, o malfeitor se ajoelha e já não é uma ameaça. Seu corpo definha e agora só sobra uma carcaça seca numa posição agonizante.



Do outro lado,  Hiroshi guarda a espada novamente e se volta para a imagem hedionda que acaba de produzir.

"Droga!  Não era pra acontecer isso! " - Ele pensa

"Ele era um humano fraco! Tentei ajuda lo mas ele era muito extremista e não entenderia esta simbiose espiritual... olá eu sou, o que no folclore vocês chamam de "youkai" mais precisamente um , Tanuki. Esta armadura lhe protegerá física e espiritualmente tendo você que manter a virgem que lhe deu o poder sempre a salvo e na mesma condição em que està agora."

- Virgem?

"Isso"

A armadura se dissipou numa névoa negra com a armadura se descolando do corpo de Hiroshi como placas de fuligem. 

A jovem que ele salvou corre em sua direção abraçando-o com alívio.

-Você está bem?

-S... sim por favor me ajude a achar minhas roupas,  estou cansada de ficar com essas roupas estranhas! - ela apalpa as roupas sacerdotais.

- Ok! Eu me chamo Hiroshi Ozora e sou da Polícia. Agora está tudo bem!

-Eu me chamo Hitomi. Obrigada por me ajudar. Pensei que ia morrer... 

- Infelizmente não foi possível ajudar suas amigas. Se pelo menos eu tivesse mantido elas comigo...

- Não se sinta mal você fez o que podia... eles dialogam enquanto Ela finalmente acha suas roupas num monte de roupas de outras mulheres ali perto. Hitomi era uma jovem que aparentava ser colegial pelo tipo de roupa que usava. Baixinha mas de olhos expressivos, tinha o visual gótico dentro do que um uniforme escolar podia lhe oferecer.

Hiroshi avisa a Polícia pelo telefone e acompanha a vítima até sua moto.

-Vou precisar te levar para depor a respeito do assassino. Poderia me ajudar?

-Claro mas eu só confio em você... -o policial reparou que a jovem de 18 anos  era uma jovem de 18 anos possuía tatuagens em várias partes do corpo muitas ficaram visíveis agora quebusava suas roupas habituais.

- Você sabe alguma coisa sobre esse Tanuki? Ele falou dentro da minha cabeça mas eu não entendi nada.

- Eu sei do que se trata. Quando tivemos contato o Tanuki também falou comigo. Depois do depoimento nós conversamos.

Os dois montam na moto e seguem para a delegacia.

O depoimento da jovem dura quase duas horas e ela é finalmente liberada.



Na antesala da delegacia ela se encontra com Hiroshi:

- Eu sou uma estudiosa do nosso folclore e toda a superstição que cerca a maioria das lendas que deixamos para trás.O cara que estava fazendo isso tinha documentos ancestrais de periodos anteriores a nossa própria sociedade.

- Como isso é possível? - pergunta Hiroshi

- Nossa sociedade está relegando nossa ancestralidade com raciocínios excludentes e eliminando registros de culturas inteiras por estarem fora da nossa identidade cultural atual.O ritual que o cara pretendia fazer era desconhecido até no nosso folclore. Porém enquanto o Tanuki estava te protegendo ele me contou a respeito de uma "guerra youkai" e que eles estavam influenciando pessoas mais "sensitivas" a formar pactos com diversos deles. o nosso amigo guaxinim fazia parte de um grupo e estava procurando um agente para "jogar" por eles e depois de juntar nós dois naquele ideograma na parede conseguiu a aliança que precisava. Acho que vamos ver mais Youkais aparecendo em forma de "jogadores" por outros motivos. mas que farão isso pelo mesmo objetivo.

- Qual?

- Ele não terminou de contar, você desfez a conexão. Eu sei que devo me manter virgem para que você possa "jogar" porém, sabendo disso eles vão me atacar pra poder tirar o seu poder.

- Entendo, podemos sair daqui?

Os dois saem da delegacia e fazem um programa juntos. acabam se conhecendo melhor. Hitomi é uma jovem inteligente e descolada. Já Hiroshi é mais retraído e focado. Eles cantam no karaoke, comem Lamen e bebem muito saque. Como é mais acostumada, Hitomi acaba tomando as rédeas da diversão e decide fazer seu novo amigo ter um porre homérico para esquecer do trauma de dividir a existencia com um Youkai. Ela mesma precisava aliviar a ansiedade pois a menos de 24 horas estava cativa de um assassino.

- Esse lance de mudar pra um guerreiro é uma parada muito doida hein? parece akeles lances de toku... toku... – Hiroshi comenta meio zonzo

- Tokusatsu! mas isso é mais sério e mortal do que aquelas aventuras de criança! - exclama Hitomi.

- Não... sheeiii acho q não essstou preparado - fala Hiroshi meio desmotivado mas já zoado

O resto da noite, Hitomi leva o rapaz a vários lugares pitorescos de Tóquio. 

Lugares que ele só conhecia de nome. 

Lugares que ele nunca iria se tivesse um pingo de juízo. A altas madrugadas eles finalmente chegam numa casa comum. Hiroshi pára a moto.

- Esta é minha casa! exclama feliz Hitomi.

- Ok, eu volto amanhã, afinal prexiso te proteger né? - Hiroshi quase não consegue apoiar a moto de tão bebado

- Você não vai a lugar nenhum! entra aqui! - Hitomi segura Hiroshi pela axila e os dois entram na casa. Ela é bem arrumada e comum. A menina deita o corpo cansado do policial no sofá da sala. Ele já não responde as perguntas dela.

No dia seguinte, Hiroshi acorda nú na cama ao lado de Hitomi que também está nua a seu lado.

Ele levanta constrangido e se senta na beira da cama. A jovem desperta com o movimento do rapaz e, protegida apenas pelo lencol ela atravessa a cama de casal e senta-se ao lado dele

- Hiroshi, ontem eu pensei melhor naquela situação toda. Pode até  ser excitante ter uma vida como aquela, de herói de tokusatsu mas nem eu quero ser protegida, e nem você quer arriscar sua vida em nome de um jogo. Por esse motivo, aproveitei que você "baixou a guarda" e mudei "minha condição" para que esses seres sobrenaturais não tomassem conta de nossas vidas.

- Olha Hitomi, eu te agradeço por isso. Realmente eu não teria a mesma coragem... - Hitomi olha o policial estranhando - Sem ofensas, você é linda, eu apenas sou muito timido. Me entristece que na minha primeira vez eu estivesse... tão bêbado.

- Sério que também foi sua primeira vez? - ela fica surpresa - Sabe? Depois que terminou eu sei lá... curti tanto que estava esperando ansiosamente você acordar pra fazer isso do jeito certo... podemos?

- Mas é claro! eu não poderia esperar coisa melhor! –

E os dois iniciam com o nervosismo e a esperança do coração jovem um novo relacionamento, com um começo complicado, mas com grande potencial!

Continue sua jornada Hiroshi! Tenha cuidado com nosso herói Hitomi!

Triunfe Black Ken!

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